Curso realiza grandes pesquisas científicas
As três pesquisas estão em fase final, e serão publicadas nas revistas International Journal of Gynecology and Obstetrics, International Journal of Medical Informatics e São Paulo Medical Journal
Projetos desenvolvidos por alunos e docentes do curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) receberam, recentemente, aprovação para publicação nas revistas International Journal of Gynecology and Obstetrics, International Journal of Medical Informatics, e São Paulo Medical Journal.
O primeiro estudo, “Determinantes do uso de Coletor Menstrual entre estudantes de Medicina”, realizou uma pesquisa entre as alunas de Medicina da FEMA, sobre as preferências e razões para o uso do coletor menstrual. Observaram que quase 23% das alunas usam ou usaram o coletor menstrual no último ano. Após as análises, as características que influenciaram no uso foram: mulheres que usam algum método hormonal para reduzir o fluxo, as preocupadas com o meio ambiente, e as que não tem preocupação em manipular sua genitália. O conhecimento desses determinantes pode auxiliar a comunidade científica a propor estratégias para aumentar o uso do método. O tema é bastante relevante, principalmente para a população menos favorecida economicamente, em que o coletor menstrual seria uma importante opção para reduzir a situação de pobreza menstrual, algo que afeta diretamente as mulheres com dificuldade de acesso aos métodos de higiene.
Este estudo será publicado na International Journal of Gynecology and Obstetrics, revista oficial da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, entidade ligada à OMS.
Os outros dois estudos foram focados na população de Assis-SP que recusou a segunda dose da vacina da Covid-19. As pesquisas foram enviadas por telemensagem em 2021, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Assis e o Ministério da Saúde. Um dos estudos, aceito na revista International Journal of Medical Informatics, abordou a efetividade de se realizar pesquisas por telemensagem na população que hesitou ou recusou a tomar a vacina para COVID-19. Trata-se de uma maneira muito promissora e de baixo custo, importante na abordagem da população.
O outro estudo, que será publicado na São Paulo Medical Journal – revista oficial da Associação Médica Brasileira – descreve os grupos que foram estatisticamente significativos para recusar a segunda dose da vacina em Assis. Foi notório que homens e mulheres entre 30 e 44 anos formam um grupo relevante para hesitação, assim como pessoas que sentiram algum tipo de reação à primeira dose da vacina, além das pessoas que declararam ter contraído a Covid-19 após a primeira dose, e por isso, acharam que não precisariam de outras doses.
Além da importância desses estudos para a população de Assis e de todo o mundo, o Prof. Dr. Carlos Izaias Sartorão Filho ressalta: “o empenho e o aprendizado obtido por todos os participantes, especialmente os alunos envolvidos em todas as fases da pesquisa, desde a elaboração e aprovação dos projetos até a coleta, análise e discussão dos resultados foram muito gratificantes. Além disso, a dedicação incondicional de toda a direção acadêmica da FEMA também foi extremamente importante para viabilizar os trabalhos”. Segundo o professor, a comunidade científica tem grande interesse nesse tipo de informação, para focar suas ações especialmente nos grupos mais relevantes que foram identificados.
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