Egressa da T1 de Fisioterapia abre clínica voltada à reabilitação cardíaca

Jaqueline Barros da Silva transforma paixão pelo cuidado em espaço dedicado à saúde do coração, em Assis

O que começa como uma escolha profissional, às vezes, se revela uma missão de vida. Foi o que aconteceu com Jaqueline Barros da Silva, egressa da primeira turma do curso de Fisioterapia da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA). Formada em 2022, ela acaba de realizar um sonho: abrir uma clínica especializada em reabilitação cardiovascular.

 

A decisão de seguir na área surgiu ainda na graduação, durante um projeto supervisionado voltado ao atendimento de pessoas com sequelas da COVID-19. A experiência, coordenada pela professora Ma. Maria Eulália Baleotti, aproximou Jaqueline de pacientes com doenças pulmonares e cardíacas. O envolvimento foi tão forte que se tornou definitivo. “Quando comecei a tratar esses pacientes, me apaixonei”, relembra.

 

Com o tempo, o interesse se aprofundou. Nos estágios nas áreas de fisioterapia cardiovascular e cardiorrespiratória, ela se viu ainda mais envolvida com as necessidades desses pacientes e com o impacto que o cuidado especializado podia ter na vida deles. Em 2023, Jaqueline deu início à pós-graduação em Fisioterapia Cardiovascular e buscou formações complementares em fisioterapia cardiopulmonar ambulatorial.

 

Foi nesse processo que nasceu o sonho da clínica. “A ideia começou a tomar forma no final da especialização. Não foi fácil, mas ver tudo acontecendo hoje é gratificante. A clínica é mais que um espaço de trabalho, é a realização de um propósito: oferecer cuidado com qualidade, empatia e acolhimento”, conta.

 

Instalada em Assis, a clínica atende pacientes com doenças cardíacas e vasculares, apostando em uma abordagem humanizada, voltada para melhorar a qualidade de vida de cada pessoa. A proposta é tratar o coração (no sentido literal e simbólico).

 

Para Jaqueline, a FEMA foi essencial nessa trajetória. “A estrutura do curso, os laboratórios, os professores… tudo isso fez diferença. A formação foi sólida e me preparou não só tecnicamente, mas também como pessoa”, afirma.

 

Hoje, ela quer ir além. Pretende continuar se especializando, expandir os atendimentos e fortalecer a presença da fisioterapia cardiovascular na região. “Cuidar é, acima de tudo, estar presente, ouvir, se dedicar. E quando a gente faz isso com amor, o resultado aparece”, pontua.

 

A trajetória da egressa também é motivo de orgulho para quem acompanhou seus primeiros passos na profissão. A professora Ma. Maria Eulália Baleotti, que coordenou o projeto supervisionado que despertou o interesse de Jaqueline pela área cardiovascular, destaca o quanto a história da ex-estudante representa o verdadeiro papel da educação.

 

“A Jaqueline sempre se empenhou para essa transformação, ela mesma diz que a graduação foi um divisor de águas na vida dela. Ver que ela aproveitou essa experiência é o que nos impulsiona a continuar na docência, pois vemos que a oportunidade na educação pode transformar a vida das pessoas”, ressalta a docente.

 

Para a docente, o que mais marcou nesse processo foi justamente a confiança de Jaqueline no próprio potencial. “Essa é a chave para o sucesso: acreditar que tudo pode acontecer quando a vontade do estudante encontra uma oportunidade e orientação para desenvolver suas habilidades”, completa.

 

Ao relembrar o projeto com pacientes pós-COVID, Maria Eulália reforça que sempre acreditou no poder transformador da formação. “Eu sempre acredito que a educação faz os sonhos se transformarem em realidade. Por isso confiei que ela e os outros estudantes poderiam encontrar nos projetos e na formação uma maneira de despertar interesses e fazer com que eles se realizem”, conclui.

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