Alunos participam de atividade simulada
As chamadas “Estações práticas para construção de competências” fez com que os alunos do 5º ano de Medicina colocassem a mão na massa em 11 situações diferentes do dia-a-dia de um hospital
A Coordenação do Curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) realizou, no último dia 5 de dezembro, uma atividade chamada “Estações práticas para construção de competências” com os alunos do internato do 5º ano de Medicina. Em reuniões de Educação Permanente com os Professores do Internato foram realizadas reflexões sobre a prática nas 4 grandes áreas clínicas, como Clínica Médica, Cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia (GO) e Pediatria, percebeu-se que, devido à pandemia do novo coronavírus, os estudantes tiveram dificuldades de desenvolver competências durante o internato, uma vez que foi priorizado o atendimento de pacientes com a COVID-19.
Foi então que, para uniformizar as competências dos estudantes do 5º ano de Medicina que estão atualmente no internato, a coordenação do curso preparou essa atividade, juntamente com os 15 professores que atuam no internato, para que os alunos pudessem ter a oportunidade de serem protagonistas, ao mesmo tempo que desenvolvessem competências que serão essenciais quando estiverem no mercado de trabalho. De acordo com a professora doutora Shirlene Pavelqueires, foram preparadas 11 estações de atividades práticas. A Clínica Médica montou três estações, na primeira era um caso clínico que os alunos, separados em trios e quartetos, liam em um papel uma situação e tinham que construir um diagnóstico e uma prescrição. Na segunda estação, os alunos tinham que realizar uma avaliação neurológica em um paciente simulado, que representava uma queixa neurológica. Na última estação da Clínica Médica, os alunos tinham que fazer um laudo de eletrocardiograma, tudo em 20 minutos de duração.
Nas estações de Clínica Cirúrgica, os alunos tiveram que avaliar um paciente simulado com uma queixa de dor abdominal e, por meio de exame físico realizado pelo estudante e de imagem apresentada pelo professor, eles tinham que desenvolver uma hipótese diagnóstica. Na outra estação, os alunos fizeram o atendimento a uma vítima de acidente de trânsito com politraumatismo e uma lesão no aparelho respiratório. Apresentado o caso, os alunos tiveram que fazer uma drenagem de tórax usando um simulador desenvolvido pelas professoras Arlete e Shirlene, utilizando tambores de água. Na outra estação, foi apresentado um caso de um paciente alcoolista com uma “barriga d’água” e os alunos tiveram que aprender a fazer a drenagem desse líquido que estava dentro do abdômen, utilizando também outro simulador criado pelas professoras.
Nas estações de GO, os alunos realizaram procedimento de palpação das mamas de uma suspeita de câncer de mama e de avaliar uma mulher em situação de trabalho de parto, observando a dilatação do colo de útero, também em simuladores. Nas de Pediatria, eles fizeram a recepção do recém-nascido e, na última, os estudantes aprenderam a realizar uma reanimação cardio-pulmonar de recém-nascido que sofreu uma parada cardiorespiratória. Ao todo, 36 alunos se inscreveram para participar das “Estações práticas para construção de competências”, que foi realizada no Laboratório de Simulações Clínicas da FEMA, Bloco 9, das 7h às 13h.
De acordo com o professor doutor Jairo dos Reis, coordenador do curso de Medicina, essa iniciativa tem tudo a ver com a metodologia ativa, que é utilizada no curso de Medicina da FEMA. “Nós colocamos os alunos como protagonistas das histórias, então ele é quem deve fazer os procedimentos e construir suas habilidades. Além disso, essa atividade assemelha-se a uma simulação de prova para entrada em residência médica, já que eles devem passar por isso nos próximos anos”, fala Dr. Jairo.
Esses tipos de atividades práticas são fundamentais para que sejam construídas competências nos estudantes, salienta a professora Shirlene. “Ao mesmo tempo que estamos construindo a questão da habilidade psicomotora, nós também estamos interrogando o conhecimento que ele tem sobre a indicação, contraindicação e complicação de cada um desses procedimentos e olhando também para atitude do estudante em tomadas de decisão e em trabalho em grupo”, destaca. Os alunos Clara e Júlio da primeira etapa e Matheus da segunda etapa, participaram da atividade como pacientes simulados. A participação dos colaboradores do laboratório Cláudia, Isadora, Ivan, Jaime e Maria Helena foi fundamental.
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